Luis IX, Rei de
França, também conhecido por S.Luis, um dia por volta de 1234 foi visitar a
Catedral de Chartres que tinha sofrido um grande incêndio e que estava a ser
reconstruída.
Interessou-se
pelos trabalhos que estavam a ser efectuados e foi falando com cada um dos
operários, inquirindo pelas suas profissões e específicas funções na recuperação da
Catedral.
Falou com um
carpinteiro que lhe explicou que estava a terminar a nave principal da
Catedral, seguidamente com um escultor que lhe disse que estava a esculpir uma
nova imagem, depois com um pintor de retábulos que estava a consertar altares
entalhados e retratos de Santos, finalmente com o arquitecto-chefe que lhe
prometeu a conclusão para breve.
Mesmo à saída, na
porta principal, cruzou-se com um ancião que varria para fóra o lixo e os desperdícios
que cada um dos outros fazia nos respectivos trabalhos.
Intrigado pelo
zelo e eficiência com que desempenhava a mais humilde das tarefas apesar da
idade, perguntou-lhe o que fazia ali, ao que ele respondeu:
- Majestade,
estou a reconstruir uma Catedral!
É esta noção de trabalho
que nos falta muitas vezes em Portugal: a de repartirmos com empenhamento e espírito
de equipa o sucesso dos nossos labores e trabalhos. Todos, mesmo os mais
humildes, contribuem para que a obra, o produto, o conceito, o projecto, surja.
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