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Your Majesty,
What a terrible afternoon!
In one hand the lads were eating the cake with their mouth opened, and in what regards the horns it just happens to everybody, Ma'am!
Blogue subversivo e prazenteiro
Em ar de nada apetece-me hoje falar de vários apontamentos soltos. Aqui vão:
- se no aceso de uma discussão, se conseguisse medir o que se causa de desgaste no outro e em nós próprios, estou certo de que saberíamos evitar uma valente perca de tempo. Muitas vezes, a substância da argumentação é a mesma, só muda a abordagem, os orgulhos feridos, o cansaço acumulado, os defeitos de toda a vida para os quais se vai perdendo energia de combate, ansiando por paz e tantas vezes silêncio.
- gosto cada vez mais do silêncio, no meu caso do interior, pois pode-se pensar, repousar os fatigados ossos, olhar com outra percepção o que é essencial e até saber perdoar, ter mais paciência e valorizar o outro. Tantos que passam ao nosso lado e só aspiram a atenção, carinho, ternura, companhia e até trocam a concordância por serem “gente”! A evidência da sua argumentação ruidosa não é mais do que essa ânsia do reconhecimento.
- esta vida presente é tão exigente, requer informação actualizada a toda a hora, como se nos minimizássemos se não soubéssemos a última, se não déssemos sempre uma opinião. Aqui volta o silêncio a ser importante: já pensaram se ao nos irritarmos por escutar uma “sentença quase definitiva” sobre qualquer assunto, tantas vezes não fundamentada, ou faltando enquadramento ou sendo gratuita, conseguíssemos desligar e não contrariar, não contra-argumentar, no fundo não perder tempo por duas realíssimas razões estúpidas: não é preciso levar a “taça” para casa sempre e na realidade não contribuímos em nada para a resolução do assunto.
- corre-se o risco de ao nos remetermos vezes de mais ao silêncio podermos passar a ser ignorados, afastados como coisa que já não presta, desactualizados. Esse é um risco numa família cheia de “génios” em que a temperança, a harmonia e o respeito já não imperam mais.
Lembro-me do meu Avô paterno, de quem já tenho falado aqui neste blogue várias vezes, engenheiro brilhante formado com 20 valores e durante decénios o mais classificado em Portugal. Pois bem, ouvia mais do que falava e quando o fazia, era ponderado, fundamentado e reconhecia que nem sempre teria razão, mas ninguém, habitualmente, punha em dúvida as suas opiniões. Contava-me que se “punha à distância” e umas vezes o botão estava “on” outras em “off”! Mas não ofendia quem pensasse o contrário e prometia reconsiderar, o que fazia bastas vezes em coisas de somenos importância, pois conhecia-se bem e aceitava de bom grado correcções fraternas às suas imperfeições.
- as valsas de Chopin que oiço ao escrever estas palavras, martelam-me o cérebro com deleite e acalmam-me, são uma boa terapia para algum desalento que sinto hoje.
Os astros previram encontros fogosos, negócios fascinantes, um dia de grande rendibilidade:
Vejo o fim do mês aproximar-se e lá se vai mais uma talhada no saldo para pagamentos de “devoçõezinhas” obrigatórias tais como contas e salários, por isso pura mentira em termos de rendimento.
Quanto a rendez-vous pecaminosos, o meu colarinho à Dom Sebastião nem me permite sequer um beija-mão galante, pelas dores de uma courbette da espinha…a tal do acidente automobilístico que me teria ceifado tão precoce vida e impedido esta escrita.
Da Espanha, (neste caso nem já bom vento nem bom casamento o que achei sempre uma pura falsidade - as famosas espanholas que tanta destruição causaram em lares compostos, mas que deram sabor à vida enfadonha e monótona de um final de século já meio apodrecido) anunciam-se tempos de angústia e de temor quanto à sobrevivência de uma pátria aonde valha a pena viver.
Vou a outra bruxa, está visto! Outro orixá de santo! Verdade, verdadinha o meu horóscopo vem na internet e é de borla por isso só diz aquilo que queremos ouvir!
Às vezes precisávamos de ser todos caçados, país a país, governo a governo, governantes e governados…tudo bem escolhidinho, sem falhar!
Que indignação suscita toda esta palhaçada política que disfarça a corrupção, a má gestão dos dinheiros públicos a incompetência sucessiva dos diversos governos e que causa a pobreza, o desemprego, a infelicidade nas famílias, a desunião, o desespero, a falta de horizontes.
É tempo de parar quem não merece existir e desta feita não é por desporto, mas sim por sobrevivência…a caça está aberta Senhores animais!
Domingo de manhã: apeteceu-me ouvir música barroca.
Sou um grande ouvinte de João Domingos Bomtempo, que foi um dos mais importantes e conhecidos compositores de música barroca do seu tempo.
Os concertos de piano são soberbos e com uma beleza imensa. Sugiro, a quem nunca os ouviu, que ou compre os cds que são edições baratas e de qualidade ou os download do iTunes.
Li que tinha sido preso o mordomo do Papa e que tinha sido afastado o presidente do “banco” do Vaticano, mais propriamente o Instituto para as Obras Religiosas.
Trata-se de um discreto lugar instalado na torre Nicolò V na Cidade Papal, entidade financeira do tipo das encarregadas da gestão de fortunas.
Tudo isto são minudências, importantes sem dúvida de serem rectificadas, mas não abalam a Instituição que é feita de seres humanos.
Vem isto a propósito de em seguida a Bomtempo, ter ouvido o coro da Abadia de Silos. Recordo-me de estar “em baixo de forma” e ter ido lá passar 3 dias na Hospedaria.
Transcrevo-vos, mesmo em castelhano, o que é, como se pode pedir informações e lá aceder.
www.abadiadesilos.es/
Excelente comida preparada pelos monges, dormida em silêncio só se ouvindo os passarinhos e a natureza, assistência aos ofícios com maravilhosos cantos em gregoriano (para quem quiser) vindo-se de lá “curado” de todas as “maleitas”!
Nestes tempos de crise, exterior e interior, é uma opção a seriamente considerar, tanto mais que não é nada cara.
Foi com profundo agrado que recebi do Itamarati a notícia de que uma vaga de fundo, apoiada pela Presidente Dilma, e composta por admiradoras de várias zonas do Brasil se preparam para celebrar a minha sobrevivência ao acidente de carro.
Baianas, cariocas e paulistanas, casadas, solteiras e boa gente e gente boa, numa manifestação de grande alegria propõem danças e cantares, grandes jantaradas e sessões à porta privada em diversos locais apropriados aonde me será manifestado o grande carinho e a rejubilação por estar de novo entre elas.
Fizeram-me chegar o e-mail para a inscrição: palácio.prazeres@brasil.éofimdapicada.come-se
Naturalmente que repasso a parentes, afins e amigos em geral pois não vou dar conta de tanta alegria.
Vosso dedicado
Nelo