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S.Paulo, no Domingo de manhã antes do almoço sofisticado em casa de uns primos brasileiros.
Precisei de tirar umas fotocópias para entregar e entrei na primeira tabacaria de bairro aberta, vulgo “copiadora” aonde estava um rapaz, “moço” de seus 19 anos, encarregue destes serviços.
A minha filha Mariana que entretanto ficara no carro, veio dizer-me aonde estava estacionado.
Nas minhas estadias no Brasil, falo com um apreciável sotaque brasileiro.
Ao nos ouvir falar entre os dois com o sotaque de Portugal, e depois de ela ter regressado ao carro, passado um bocado oiço atónito esta pergunta do “moço”:
- Você é padeiro?
Respondi de mau humor, que não. Ele topou a minha cara e disse que os portugueses eram todos padeiros ricos.
Perdi algum tempo, meio indignado a explicar-lhe que embora a profissão de padeiro fosse respeitável e honrada, o que era inaceitável era o desconhecimento dele sobre Portugal e as suas gentes desde a época da emigração para o Brasil dos anos 30.
É o que valemos….somos padeiros, ao menos ricos, mas só no Brasil!
Ora esta!
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