Morreu Eunice Muñoz.
Hoje morreram outras pessoas, também.
A simplicidade de Eunice e o seu dom inexcedível de artista de teatro, são marcantes no decorrer de tantos anos. Chegou o tempo da partida.
Como ela dizia, com a idade, adquire-se serenidade interior e exterior e as coisas deixam de ter a importância que antigamente dávamos e passa-se a observar a vida com outra sabedoria.
Foi uma figura que inspira amor, ternura, admiração. De certeza, para quem não teve, é como uma Avó que apetece acarinhar e estar perto.
A morte é sobretudo um dia de paz, em que tudo acaba, mesmo a glória.
Ficam as memórias da Eunice como um exemplo de GRANDEZA no Teatro e na vida como ser humano.
Não são as homenagens habituais que se fazem aos mortos o que me inspira a isto escrever sobre a Eunice. É uma personalidade que permanece e que mesmo na penumbra da memória da nossa vida, bastará ouvir a sua voz para nos perturbar e lembrar dela com o coração.
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