domingo, 15 de dezembro de 2019

Agora a sério


Agora a sério

Vinha de fazer a maior parte das compras de Natal para a família e amigos e regressava a casa. Vinha a pensar que chega-se a uma fase da vida aonde nós próprios não reconhecemos já as nossas próprias qualidades. É um dèjá vu, estão tão vistas que já nem merecem a consciência de quem connosco interage.

Estão como se fossem escondidas, bolorentas, sem brilho. Acabamos por ser gentes de rotina, e o que fazemos não causa já uma surpresa ou sensação agradável nos outros nem em nós próprios motivando-nos a sentirmo-nos mais refrescados e como se novas forças tivessem emergido.

Os casamentos falham, as relações esfriam. As amizades caducam e fica-se triste e resignado/revoltado até a morte ou a que uma doença terminal ponha fim ao sofrimento, isolamento ou abandono.

PORÉM, há uma solução:

- é sabermos preencher os nossos hiatos prolongados de negação à nossa felicidade com as "tais" qualidades, menores ou maiores, sem darmos importância ao nosso ego. Os resultados são quem fala por si.

Quase a chegar a casa vindo a pé com um vento frio na cara, compaginei com o que me sai naturalmente e faço pelos outros e cheguei à conclusão que há-que laborar o bem e não nos julgarmos.

Se formos prestáveis, generosos, desprendidos, alegres, indo ao encontro dos outros sem pré-condições e preconceitos, teremos resultados satisfatórios.

Ao abrir a porta fiquei mais convencido de que a atenção que dediquei à escolha de cada um dos presentes conforme os destinatários foi uma das múltiplas formas aonde como que vem ao de cima as "tais" qualidades que todos nós possuímos.

Sem comentários:

Enviar um comentário