O PENINHA E A ROSA DO PCP
O Peninha pensou que o 1º de Maio é um dia para comemorar com o partido dos trabalhadores: o PCP.
Investigou aonde poderia entrar em contacto com o PCP e achou que o hotel Victoria, na Avenida da Liberdade, era a porta de entrada mais adequada.
E se bem pensou assim o fez. Apresentou-se à porta do edifício pelas 9h da manhã e já a azáfama das comemorações se sentia pelo entrar e sair constante de camaradas com cartazes, bandeiras e alto-falantes.
Não lhe tendo sido pedida a identificação na portaria, foi seguindo em frente e começou a subir pelas escadas que davam o acesso aos andares de cima.
No 1º andar encontrou uma sala todo ao longo da área total do andar e presumiu que seria para grandes reuniões colectivas. Estava vazia!
Seguiu para o 2º andar e ao cruzar-se com vários militantes saudou-os: bom dia camaradas! Eles responderam igualmente, mas ocupados com tarefas, nem perderam tempo a olhar para ele.
No 3º andar, encontrou vários gabinetes e ao avançar pelo corredor olhando para o interior, foi interpelado por uma rapariga nova, muito atraente, de jeans justos deixando realçar um traseiro bem feito. Usava um polo em bico por cima da pele e sem soutien, o que deixava entrever uns seios grandes e bem feitos que desde logo fizeram Peninha, olhar fixamente sem qualquer pudor.
- O camarada não é de cá? – perguntou com uma voz doce, a rapariga que risonha se lhe dirigiu com um ar troceiro.
- Desculpe, chamo-me Peninha, e já devia ter-me apresentado. De facto, não sou de cá e tenho vindo a subir os andares sem ser impedido de passar.
- Então em que posso ser-lhe útil? Chamo-me Rosa e sou a secretária do camarada dirigente desta célula aqui do Vitória.
- Eu gostava de me inscrever no vosso partido e achei que o 1º de Maio seria um dia festivo para os trabalhadores e por isso honroso para mim.
Rosa, levantou-se devagar e aproximando-se de Peninha abraçou-o demoradamente. Peninha sentiu os bicos do peito encostarem-se ao seu e retribuiu com entusiasmo o abraço.
- Vou buscar os papéis e já volto. – disse Rosa.
Peninha estava numa grande excitação: filiação no PCP e a Rosa que o deixara em polvorosa.
Rosa voltou e fez-lhe sinal para que Peninha se aproximasse da secretária para se sentar e começar a preencher os impressos. Peninha sentou-se na cadeira de Rosa e esta debruçou-se sobre os papéis mesmo ao lado de Peninha, como se fosse para o ajudar em qualquer dúvida que lhe surgisse. Os portentosos seios estavam à vista pois naquela posição viam-se integralmente através do bico do polo.
- O camarada já esteve filiado em algum partido antes? – perguntou Rosa.
- Sim, no CDS mas logo a seguir ao 25 de Abril, naquela confusão militei nos partidos da extrema-direita.
Shiu..fez Rosa beijando Peninha na boca…nada de por isso aqui. Eu também sou uma infiltrada.
E Rosa rebolou para o colo de Peninha e durante alguns minutos os beijos e as carícias atingiram uma sofreguidão que nunca as paredes do edifício Vitória teriam testemunhado, já depois de ter sido ocupado. Talvez antes, tendo sido um hotel, naqueles quartos muitas histórias quentes terão ocorrido, alcovas de prazer.
Ainda mal refeitos daqueles calores, e com medo que os apanhassem, Peninha perguntou:
- Rosa, há algum quarto neste hotel aonde possamos ir para a cama?
Rosa assentiu e disse baixinho: - no último piso, há o quarto do camarada dirigente. Ele já está na rua nas manifs e acho que não corremos risco. De mão dada subiram os dois até ao último piso e ao passarem junto dos outros camaradas, como Rosa era secretária do big-boss, não levantava suspeitas.
Chegados ao terraço, Rosa dirigiu-se ao dito quarto e abriu a porta com muitos cuidados, não fora estar alguém. Estava sem ninguém e com a persianas para baixo.
Fecharam a porta e aos beijos sôfregos foram começando a despir-se um ao outro a caminho da cama. Peninha viu nas paredes retratos de Lénine, Estaline, Trotsky e uma recente de Putin de tronco nú em cima de um cavalo.
Peninha de repente teve medo de ser apanhado e da temperatura na Sibéria para aonde seria enviado.
Rosa não o deixou pensar duas vezes e começaram numa marmelada comunista aparente, pois ela era infiltrada, e dando jus á situação Peninha infiltrou-a novamente.
O ninho de amor estava ao rubro, quando a porta se abre de repente e com o terror estampado na cara de Rosa e de Peninha, ouviram uma voz tonitruante dizer:
- Basta, já deram alegria suficiente aos camaradas que lá em baixo assistiam pela câmara à vossa folia. Agora vistam-se e vamos desfilar.
Ficou-se a saber que havia câmaras ocultas que deram momentos de satisfação aos restantes camaradas e que não deixavam margem a qualquer traição.
Meio perturbados, desceram as escadas dos diversos andares e a cada patamar eram aplaudidos pelos camaradas que lhes atiravam piropos que o pudor comunista me impede de transcrever.
Peninha foi fotografado a descer a Avenida da Liberdade de mãos dadas com Rosa na primeira fila da marcha do 1ª de Maio, e a faixa que levavam à frente com os outros camaradas dizia:
“ A DITA DURA DOS TRABALHADORES SEMPRE, SEMPRE AO LADO DO POVO”
Tinham impresso mal a frase que deveria ler: CONTRA A DITADURA DOS TRABALHADORES…
Não havia mais tempo de fazer nova faixa e o controleiro, disse que ninguém nunca olha para as frases. O que interessa é gritar e fazer barulho.
Peninha e Rosa olhavam embevecidos um para o outro e populares que estavam dos lados da Avenida afirmam ter visto mãos de 2 camaradas a mexerem atrás da faixa, e trocas de beijos lambidos.
O Peninha passou a ser amante da Rosa e agente duplo do PCP e do TRUMP….não sei a que propósito veio o TRUMP…no collusion!
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