segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Presentes bons de anos


O meu mano Xico mandou-me de presente várias fotografias da primeira casa do Estoril em que aparecem tantos dos meus queridos todos que já partiram. E lá apareço eu no terraço de onde se tinha uma vista soberba sobre o parque do Casino e o Clube de Ténis e a baía de Cascais.
A televisão era o atractivo do "terraço", exemplar único, e desde os meus Bisavós, Avós, Pais a seguir ao jantar liam, uns os jornais, outros viam a televisão e outros conversavam. Iam muitas vezes amigos dos Pais lá jantar e toca de subir até ao terraço aonde se convivia pois em pleno verão a vista panorâmica com janelas rasgadas a toda a volta era mais simpático do que salas cá em baixo.
Olho-me e não teria ainda 18 anos. Alto, e magro, e desportista era tímido com gente de fora e desconhecidos...imaginem, com a lata que hoje tenho.
E devo confessar que me sentia muito feliz, com todas as contrariedades que rapazes novos tinham, mas muito poucas. É verdade, famílias grandes são bem felizes e nós viémos a ser 7 ( 4 rapazes e 3 raparigas) que nos damos todos muito bem e gostamos muito uns do outros. Razão principal: tivemos uns Pais formidáveis, que nos transmitiram segurança, estabilidade, uma óptima vida de família e um exemplo enorme de amor entre eles.
Tudo isto é a pura das verdades por isso porque hei-de de me envergonhar de testemunhar a sorte que tivémos. Acho que sou uma peste mas o que hei-de fazer! espero revê-los a todos e nessa altura dar muitos beijos e abraços para compensar das saudades.

Claro que este é um texto apropriado à idade da fotografia.

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