Instantâneos:
Vou de carro para o Chiado, não me apetece ir de metro.
Algum trânsito junto à Misericórdia. Dois polícias barrigudos e velhos
assistem impávidos à bagunça. Como é possível a esta hora camiões de
descarga de mercadorias impedirem o trânsito? A autoridade não controla,
não mexe um palmo a barriga. Apetece-me sair do carro, dirigir-me aos
polícias e apresentar-me: fulano, tenente de cavalaria na
disponibilidade e depois esbofeteá-los com as luvas até me cansar!!!
Sigo para o parque do Camões e vejo na placa de peões em frente ao
Loreto para atravessarem a rua, magotes de estrangeiros. Impressionante!
Será que merecemos este boom?
Depois em frente do Paris em Lisboa
impedindo a passagem, um guia espanhol rufia, rodeado de uns 60
castelhanos devia dizer coisas chistosas pois riam-se que nem uns
alarves! Não é em vão que um meu Avô, Dom Thomaz de Noronha, Conde dos
Arcos, foi um dos Conjurados de 1640! E mais outros Noronhas e Távoras!
Ainda desembainhei a espada mas dou de caras com o mesmo cenário em
frente dos Mártires. Mudei de táctica e pensei num petardo Molotoff!
Entrei exausto com tantas emoções na Bertrand e sentei-me ao
fresquinho. Entram umas francesas rascas com um guia de Lisboa na mão e
perguntam ao empregado: - quantos metros são da entrada até ao fundo da
loja?
A empregada ficou confusa.
Pus -me de pé e apresentei- me:
- Luis Paixão (meu nome incógnito) e em um perfeito francês de Versalhes,
respondi: - a distância é de 1,5Km. Olharam para mim com surpresa e
acrescentaram: - como sabe?
- não sei, inventei!
- porquê?
- porque a uma pergunta idiota, a resposta é estúpida.
E inclinando-me saí.
O que me espera ainda até à FNAC?
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
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