quinta-feira, 12 de novembro de 2015

TEXTO ESCRITO POR MIM EM CAXIAS, PRESO EM GREVE DE FOME, DEPOIS DA REVOLUÇÃO



TEXTO ESCRITO POR MIM EM CAXIAS, PRESO EM GREVE DE FOME, DEPOIS DA REVOLUÇÃO

Eu sou muito teimoso e destemido, mas nunca me tenho arrependido de dizer o que penso, ainda que com oportunidade, boa-educação e respeito, mas com verdade.

Como diz um primo meu, “tenho as ruas para passear” por isso o que me interessa é quem sirva o meu País.

Assisti à entrevista do Prof. Mário Centeno (não o conheço de lado nenhum para o tratar por tu) e gostei. Gostei, porque me pareceu calmo, seguro e disposto a servir o tal dito meu País.

Logo vi, comentários execrandos de putos do CDS, a começar pelo de um dos opositores a Paulo Portas que tinha como programa inovar, dizendo em suma, que estavam enojados, que era incompetente, que tinham ouvido dizer que era péssimo economista…e não continuo para não vos e me enervar.

Lá fui perguntando o que faziam na vida, se tinham preparação técnica para se compararem como iguais a quem criticavam….e ninguém me respondia. Seria do tarde da noite que se aproximava?

Li igualmente outras críticas de várias outras origens, também do mesmo género, e ia respondendo que tinha humildemente vindo a aprender com o tempo que não se deve julgar, para já, nunca…mas ter uma opinião negativa sem se conhecer.

E pergunto-me se com mais uma manif que me dizem marcada para Sábado e cujo objectivo não estou a ver qual poderá ser, e com as diversas e taxativas opiniões de que Cavaco Silva deve dar posse de novo a PPC e mantê-lo num Governo de gestão, pergunto de novo: será que as forças adversas ao eventual executivo de António Costa, não entendem que o país se tornará ingovernável? As manifs nas ruas a cada dia, as greves, os poderes restritos que o putativo Governo teria, traduzir-se-iam num inferno e numa derrocada final?

Creio ser conhecido como não sendo socialista, nem das áreas para adelante. Sou por isso insuspeito nas minhas simpatias pela esquerda radical, totalitária e anti-democrática.

Dito isto, não quereria estar na pele de António Costa e do seu Governo. Qualquer cabeça de mediana inteligência perceberá o porquê deste meu raciocínio.

Por isso, estranho, irrita-me e indigna-me assistir a este espernear diário da direita, com um apego insolente e indigno ao poder, aos empregos e ao protagonismo, quando, sinceramente, agora que todo o povo português virou economista, jurista, jornalista….não senti na minha pele, nem no meu bolso, realmente qualquer melhoria significativa.

Terá sido do Governo Sócrates, talvez. Terá sido da troika, talvez. Terão corrido com a troika para fóra, sim, mas só por dignidade ufana de provincianos inchados, pois o combate pela sobrevivência continuou, com austeridade, com desemprego, com emigração, com pobreza.

É culpa de quem? De todos nós, que como já nos conhecemos, somos indisciplinados, encantadores na desordem, na mania da grandeza, no porreirismo nacional, na improvisação, no sol e nas praias e no porreiro, pá!

Há desonestos em todas as áreas do poder e em todos os partidos….até agora, parece…que não se conhecem nem BE nem no PC, assim suculentos como o Sócrates, o Macedo dos vistos, o Dias Loureiro, para só nomear alguns de primeira água.

Portanto e a concluir, deixemo-nos de tretas e vamos ao que interessa: temos um Parlamento, vamos ter um novo Presidente e o actual não tem mais do que nomear António Costa como Primeiro-Ministro.

E sabem que mais, o povo deve ser mesmo quem mais ordena e como? Pois no rigoroso escrutínio a cada dia no Parlamento do que fizerem e no final em eleições quando tiverem que ser. Nada de querer antecipar e cortar as asas a quem tem que provar que merece lá estar.

Se não merece, há mecanismos democráticos para serem substituídos.

Vamos mas é trabalhar, para ver se criamos riqueza e emprego e melhores condições de vida para todos nós.

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