Tenho-me interessado pelo caso da Grécia por diversas razões que não vêm aqui ao caso. Um dia talvez explique.
As opiniões são múltiplas desde as prudentes, outras avisadas, ainda outras excessivas e histéricas, e finalmente, as piores, pois baseadas na dicotomia esquerda/direita.
Poucas falam do povo grego, do que é acusado de não pagar impostos, ser calaçeiro e fraudulento, aldrabão, etc.
Será que as calamidades que afligem os nossos tempos e são muitas e graves, impedem que serenamente, mesmo no olho do furacão, falhe a solidariedade para com seres humanos que sofrem na pele as consequências da má governação?
Será que não se vê que o dito povo, não paga impostos porque não gera rendimentos sobre os quais recaiam mais impostos, pois são os milionários, os corruptos e o aparatchik que como em todos os outros países do mundo se protege e é relapso?
Será que só um dia quando estivermos nas filas para levantar o nosso dinheiro dos bancos, é que perceberemos o que é a aflição da incerteza do futuro?
Será que a maioria dos cronistas impiedosos já visitou alguma vez a Grécia? E viu o que se produz, o que se trabalha, a riqueza que tem e que potencialmente, bem gerida, pode vir ainda a criar?
Não há prognósticos possíveis para o que irá acontecer nas cenas dos próximos capítulos.
O que eu sei e pressinto é que será difícil fugirmos destas hipóteses que me parecem lógicas:
- a Europa cede e chega a um entendimento com o Governo Grego;
- a Europa não cede e a Grécia sai do Euro e começam em cascata toda uma série de novas situações com as suas dores e aprendizagens para ambas as partes. Não se iludam, não há buracos no mapa!
- A Grécia é apoiada pela China, ou Rússia ou USA e de uma maneira ou de outra, passa a ditar as regras à Europa pois passou de dependente de um "patrão europeu" para outro domínio imperial. Creio que os dirigentes europeus deverão, se forem ainda clarividentes, pesar as consequências de tal vergonhosa atitude de abandono.
- A Grécia, pela sua posição geo-estratégica, sai dignificada desta luta, estabelece um acordo sério e consistente para pagar o que deve e consegue "respirar" como Nação e recomeçar.
De todos estes cenários, que penso serem realistas, há que tirar uma conclusão:
- Portugal, mais uma vez, foi a reboque dos seus pares europeus,sem chama, nem brilhantismo...seguiu a cartilha. O que se espera de um Governo chefiado por pessoas inteligentes não é demagogia barata nem propostas sonhadoras, mas a reflexão e ponderação de todas as posições, uma intermediação valente e cordial sem preconceitos, com vista a uma confluência de soluções.
Imaginem o que seria o nosso Governo a dar a mão ao Governo Grego, sem serem necessárias afirmações de princípios políticos de concordância. Um irmão que ajuda outro irmão, pois somos brothers in arms, quase na mesma situação.
A lição que daríamos ao mundo, o impacto que criaríamos num maior conhecimento da nossa cultura, do nosso país.
Uma diplomacia activa, com mentes jovens, dinâmicas, desdobrando-se em viagens e contactos.
O que pensaria a Grécia e a Europa? Pequeno país, mas solidário, da mesma franja europeia.
A França e a Alemanha não podem fazer isto porque são majestáticos e a Espanha já tem complicações que bastem.
Mas não, temos um Ministro dos Negócios Estrangeiros velho e que ou está calado ou sai asneira, enfim...percebem-me
As opiniões são múltiplas desde as prudentes, outras avisadas, ainda outras excessivas e histéricas, e finalmente, as piores, pois baseadas na dicotomia esquerda/direita.
Poucas falam do povo grego, do que é acusado de não pagar impostos, ser calaçeiro e fraudulento, aldrabão, etc.
Será que as calamidades que afligem os nossos tempos e são muitas e graves, impedem que serenamente, mesmo no olho do furacão, falhe a solidariedade para com seres humanos que sofrem na pele as consequências da má governação?
Será que não se vê que o dito povo, não paga impostos porque não gera rendimentos sobre os quais recaiam mais impostos, pois são os milionários, os corruptos e o aparatchik que como em todos os outros países do mundo se protege e é relapso?
Será que só um dia quando estivermos nas filas para levantar o nosso dinheiro dos bancos, é que perceberemos o que é a aflição da incerteza do futuro?
Será que a maioria dos cronistas impiedosos já visitou alguma vez a Grécia? E viu o que se produz, o que se trabalha, a riqueza que tem e que potencialmente, bem gerida, pode vir ainda a criar?
Não há prognósticos possíveis para o que irá acontecer nas cenas dos próximos capítulos.
O que eu sei e pressinto é que será difícil fugirmos destas hipóteses que me parecem lógicas:
- a Europa cede e chega a um entendimento com o Governo Grego;
- a Europa não cede e a Grécia sai do Euro e começam em cascata toda uma série de novas situações com as suas dores e aprendizagens para ambas as partes. Não se iludam, não há buracos no mapa!
- A Grécia é apoiada pela China, ou Rússia ou USA e de uma maneira ou de outra, passa a ditar as regras à Europa pois passou de dependente de um "patrão europeu" para outro domínio imperial. Creio que os dirigentes europeus deverão, se forem ainda clarividentes, pesar as consequências de tal vergonhosa atitude de abandono.
- A Grécia, pela sua posição geo-estratégica, sai dignificada desta luta, estabelece um acordo sério e consistente para pagar o que deve e consegue "respirar" como Nação e recomeçar.
De todos estes cenários, que penso serem realistas, há que tirar uma conclusão:
- Portugal, mais uma vez, foi a reboque dos seus pares europeus,sem chama, nem brilhantismo...seguiu a cartilha. O que se espera de um Governo chefiado por pessoas inteligentes não é demagogia barata nem propostas sonhadoras, mas a reflexão e ponderação de todas as posições, uma intermediação valente e cordial sem preconceitos, com vista a uma confluência de soluções.
Imaginem o que seria o nosso Governo a dar a mão ao Governo Grego, sem serem necessárias afirmações de princípios políticos de concordância. Um irmão que ajuda outro irmão, pois somos brothers in arms, quase na mesma situação.
A lição que daríamos ao mundo, o impacto que criaríamos num maior conhecimento da nossa cultura, do nosso país.
Uma diplomacia activa, com mentes jovens, dinâmicas, desdobrando-se em viagens e contactos.
O que pensaria a Grécia e a Europa? Pequeno país, mas solidário, da mesma franja europeia.
A França e a Alemanha não podem fazer isto porque são majestáticos e a Espanha já tem complicações que bastem.
Mas não, temos um Ministro dos Negócios Estrangeiros velho e que ou está calado ou sai asneira, enfim...percebem-me
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