Escreveu-me um amigo mais
novo, que conheci nos meus tempos de política em Sintra, atento e desvelado
leitor dos meus escritos a perguntar-me se eu tinha diminuído o meu ritmo de
produção literária.
Respondi-lhe que era
verdade e que tal facto se devia a muito trabalho, a umas quantas viagens, ao
Verão, e a um progressivo cansaço de toda esta rotina de vida diária num país
em que as “boas notícias” anunciadas são-no, quiçá, para apenas alguns pois o
país ardeu de Norte a Sul, novas penalizações se aproximam sobre as já magras
pensões e no bolso do português normal, nada se sente.
Por isso o desemprego
real, aquele que se revela para jovens e adultos no bater em vão à porta de
empresas e enviar curricula e nem sequer uma linha ter de resposta, não pode
apelidar-se de melhoria nas vidas das gentes e portanto trata-se de mais
fantasias, de que os políticos se precisam de alimentar.
Mas basta de queixas,
pois também vários outros leitores me assinalaram que no meu blogue tenho
postado lindíssimos, mas tristíssimos textos, frases, poemas, citações de
grandes escritores e nada de divertido ou contos ou quejando.
Devo confessar que vários
amigos meus e parentes, ainda novos, ou estão com doenças graves ou
inclusivamente morreram.
Que ave de mau agoiro me
tornei! Prometo que vou repensar entrar numa nova fase de alegria estonteante e
falsa, aonde chilrearão passarinhos e se ouvirão melodias harmoniosas….
Vou escrever ao meu primo
Luís Bernardo. Quero-lhe contar do Papa Francisco e de como cada vez mais é um
encorajamento para a minha fé. Tem dito tanto e tão importante e a imprensa em
Portugal não lhe dá guarida ou pouco e publica imbecilidades através de
notícias ou más ou falsas ou pior ainda, fúteis.
Mesmo a Igreja, como um
todo, parece-me como que ciumenta que um Papa de repente ponha tudo a mexer com
doçura, mas com firmeza, sem hesitar e com uma coragem admirável.
Temos que rezar para que
nada lhe aconteça, pois está a tocar em muitos interesses instalados, dentro e
fora da Igreja, e há bandidos e homens maus e vingativos.
Precisamos do Papa
Francisco ainda durante mais alguns anos enquanto se sente com forças. O
trabalho está “à peine” começado.
Vou ser cusco e fazer
perguntas ao Luís Bernardo, sobre o que se fala lá em cima, as últimas novidades
e também saber dos meus de quem tenho tantas saudades. No meu blogue, dentro de
dias escrever-lhe-ei uma longa missiva.
Portanto já vêm que
voltei ao meu estilo de dizer o que penso com a alegria de me sentir ser livre
e o poder escrever sem atropelos, ao menos isso , se mantenha no nosso País.
Este “grano salis” de
fantasia, não vos incomoda, pois não?
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