sábado, 29 de outubro de 2011

Há amor para sempre? Há saúde eterna? Há empregos definitivos? Há sol ou lua sempre iguais?


Hoje resolvi parar por uns momentos para pensar um pouco.

Tenho nos últimos meses trabalhado muito e com pouco recolhimento para grandes reflexões.

Actividade em demasia não é saudável sob nenhum ponto de vista: para o corpo, para o espírito e sobretudo para um certo desejo de felicidade.

Na verdade, nascem uns, para outros vão passando os anos, mas o que fica sempre é esta sensação de caducidade, de provisório em tudo o que fazemos ou sentimos.

Há amor para sempre? Há saúde eterna? Há empregos definitivos? Há sol ou lua sempre iguais?

Há sobretudo um humor permanente, sem desvios?

Pois as respostas a estas perguntas, que na minha opinião são de um rotundo não, fazem com que os nossos dias não sejam mais do que um passeio transitório por este mundo.

Quando chegar a solidão, a velhice e a morte nada nos deve surpreender pois se formos atentos, tudo é previsível.

Pareço negativo, sorumbático, deprimido…nada disso!

Talvez cansado mas realista.

Mesmo as boas alegrias que são picos de felicidade, uma vez os primeiros momentos passados, tornam-se rotineiras. Não se pode estar sempre esfusiante…seria tremendo!

Tenho ouvido dizer que há estimulantes sexuais que dão potência seguida durante 72 horas, passe a publicidade! Que grande maçada deve ser ter que se fazer sexo para aproveitar os efeitos erógenos!

Em conclusão, mais uma vez estou a ser desmancha-prazeres pois deveria incensar os nossos tempos presentes, ressaltando o positivo, ainda que pouco se vislumbre.

Mas se não sinto que haja motivos para ter esperança na Europa, em Portugal e até no Mundo tal como avança, então porque hei-de disfarçar o meu descontentamento, a minha desilusão, o meu desalento e a “preguiça” do futuro risonho?

Claro que desistir é morrer, mas uma coisa é continuar a lutar, outra é, de momento, sorrir imbecilmente e achar que tudo é delico-doce!

Há pequenos oásis de paz e felicidade e há espaço para desejar sorte e mudança para quem acaba de nascer.

Talvez daqui a umas generosas dezenas de anos, os neófitos possam almejar ter uma vida mais harmoniosa.

Eu estarei de certeza ao lado do meu primo Luis Bernardo, no Além, em alegre caturreira observando o planeta terráqueo!

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