sábado, 8 de janeiro de 2011
quem quase vive já morreu!!!
Ainda pior que a convicção do não, a incerteza do talvez, é a desilusão de um "quase". É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que se escaparam pelos dedos, nas oportunidades que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no Outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra cobardia e falta coragem até para se ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Para os erros há perdão; para os fracassos, oportunidades; para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixes que a saudade te sufoque, que a rotina te acomode, que o medo te impeça de tentar.
Desconfia do destino e acredita em ti. Gasta mais horas fazendo do que sonhando, vivendo do que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu!!!
Sara Batista
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Interessantes reflexões e bons conselhos.
ResponderEliminarEu tb não aprecio o outono, o quase, o talvez,a mornice, a rotina, o medo... E pior que tudo: não acredito em mim nem em ti, gosto ainda de sonhar e... já morri.
texto fantástico!
ResponderEliminar... e sei que passei demasiados anos da minha vida no "quase"... e também, na consciência do "quase", já passei do quase ao excesso... (será que existe?)
Mas acho que estou cada vez mais a ser capaz de tanto do que acredito deve ser feito!
Grande texto!!!!!!
...mas também estou como a Zilda...não acredito muitas vezes, em mim, em ti... e faz parte de mim, também, "sonhar"... só que neste momento, estou convicta de que ainda NÃO MORRI!!!!!!!!!!!!!