terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Não sei como são os dias de cada um...



Não sei como são os dias de cada um,
os meus variam. Umas vezes mesmo cinzentos,
outras vezes, como se fossem de Primavera.

Mas nestes dias agrestes em que me arrasto ao longo das horas,
Apetece tudo menos ser construtivo.
Olha-se para as coisas, para as pessoas, para os planos sonhadores da véspera, com um azedume, um pessimismo que assusta!

Depois, somos sempre um pêndulo de emoções: basta uma esperança, mesmo vã e o nosso aperto na garganta parece que se desenlaça um pouquinho e respiramos fundo.

Tantas são as vezes que tenho percebido como a Natureza é a tábua, o suporte, o ânimo destes momentos tristonhos. E sei sempre que o campo ou o mar são o alento da alma, do corpo e do espírito.

Como podem os sedentos de poder, viver, sobreviver neste dia-a-dia de angústias mergulhados nas sombras dos gabinetes, deixando escoar as horas e os minutos até à noite escura?

Cansaço, exaustão de gente, tornam os meus dias mais pesados. Luz, Sol, Lua, velas, verde dos campos e tranquila doçura de uma tarde do meu Alentejo, tornam os meus dias mais leves.

MNA

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