Tive uma reunião na Rua Óscar Monteiro Torres ao Campo Pequeno.
Antes do encontro que era às 15h, parei o carro e fui almoçar na Justa Nobre (excelente restaurante).
O chef veio dizer-me que havia bifes de cebolada. Embarquei nessa e quando chegaram à minha frente, antes de começar a comer, de repente tive imensas saudades dos meus Pais e da nossa casa, e de quando íamos depois do almoço para o Colégio.
E a Emília (Mima) cozinheira que esteve lá em casa 50 anos, e era como se fosse da família, era uma excelente cook, e fazia uns bifes de cebolada de *** do Guide Michelin, que nem existia na altura.
Comi-os com gosto e estavam óptimos e na minha cabeça a vida andou para trás para reviver esses momentos.
É nestes detalhes que nos fazem mergulhar na vida familiar que trazem à memória quem amámos tanto. Mais do que fotografias.
Ainda me apetece pensar de vez em quando que vou telefonar para a Mãe ou o Pai. Sai-me naturalmente, mas caio em mim, e realizo com tristeza que agora sou eu, já sem eles.
Escrevi este texto com lágrimas nos olhos, o que faz bem, pois recorda-nos a intensidade do amor e das saudades.
Meu caro Manel, obrigado pela tua partilha de sentimentos tão bonitos e puros. Alegra-te! porque os teus Pais estão no Céu, junto de Nosso Senhor, como tua Mãe certamente assim se referia, muitas vezes...
ResponderEliminarTambém me fizeste lembrar a nossa cozinheira Joana Alegre Matias, a Joanica que nasceu na quinta do meu Bisavô Manoel Ferreira Matafome em Alcanena e que assistiu ao nascimento de minha Mãe e do meu Tio Eurico, seu único Irmão e ao meu nascimento e os dos meus maninhos. Era também uma excelente cozinheira e sendo solteira esteve connosco até partir também para o Céu.
Só tu é que me punhas a falar nestas coisas.
Um grande abraço para ti.