QUE DIFÍCIL É AQUILO A QUE SE CHAMA VIDA
Se olharmos para o tempo que medeia entre o nascimento e a morte de qualquer um de nós, raramente nos lembramos de tudo quanto se passou: as dificuldades do crescimento até sermos adultos ( erros, asneiras, desacertos, e também boas obras pois nem tudo é ao lado) novamente as decisões que se tomam até aos 50 anos ( casamento ou não, ligações, negócios e vida profissional, desencontros, infelicidade, solidão ou filiação, azares ou sortes…se pensarmos bem lembrar-nos-emos do ror de altos e baixos e das dores e alegrias) e finalmente dos 50 até à velhice em que o tempo passa mais devagar e se ganhámos algum juízo, saberemos melhor apreciar cada momento que na ampulheta faz cair a areia dos dias da nossa vida até à morte.
E o que mais nos dói é realizarmos quão apressados somos, como aquele
que não engole até ao fim o bom sabor do golo de uma bebida
retemperadora, porque não tem tempo para gozar. Está já noutra, passe o
plebeísmo, e as invejas, os rancores, a luta tantas vezes desleal para
vencer os desafios que muitas vezes nem merecem o nosso esforço, esta
mania de termos que ser melhores do que os outros nas posições sociais,
no trabalho, na riqueza – tudo isto esgota-nos e distrai-nos do
importante.
E há gente, pouca em relação ao grosso da população dos países e do mundo, que se preocupa em ser moderada e justa, em pensarem nos outros, em se sacrificarem genuinamente pelos outros mais pobres e desfavorecidos e nada disto significa renunciar a prazeres legítimos nem a bem-sucedidas vidas familiares e profissionais.
E um dia vem a doença impiedosa e cruel que pode enganar ao princípio, mas segue o seu curso até à morte: umas vezes com grande sofrimento, outras rápidas e fulminantes.
Por isso, volto sempre a reflectir qual é verdadeiramente o nosso papel neste mundo. Entra-se por uma porta, está-se um tempo numa sala e depois sai-se por outra e desaparecemos sem deixar rasto.
Vale de facto a pena aproveitar o tempo que nos é concedido e mesmo sem bem compreendermos, fazermos o possível para viver bem a nossa vida seja ela curta ou longa.
O desaparecimento de alguém que amámos deixa momentaneamente dor, saudades e tristeza, mas este curso inexorável do nosso tempo de vida e ainda bem, faz com que recomecemos no dia seguinte. É como o corpo do desportista de profissão: cheio de mazelas de pancadas fortes e dolorosas que fazem até às vezes chorar – tem que seguir jogando e concentrando-se no que tem pela frente.
Pena é que a maior parte das vezes olhemos pouco para a nossa própria vida.
E há gente, pouca em relação ao grosso da população dos países e do mundo, que se preocupa em ser moderada e justa, em pensarem nos outros, em se sacrificarem genuinamente pelos outros mais pobres e desfavorecidos e nada disto significa renunciar a prazeres legítimos nem a bem-sucedidas vidas familiares e profissionais.
E um dia vem a doença impiedosa e cruel que pode enganar ao princípio, mas segue o seu curso até à morte: umas vezes com grande sofrimento, outras rápidas e fulminantes.
Por isso, volto sempre a reflectir qual é verdadeiramente o nosso papel neste mundo. Entra-se por uma porta, está-se um tempo numa sala e depois sai-se por outra e desaparecemos sem deixar rasto.
Vale de facto a pena aproveitar o tempo que nos é concedido e mesmo sem bem compreendermos, fazermos o possível para viver bem a nossa vida seja ela curta ou longa.
O desaparecimento de alguém que amámos deixa momentaneamente dor, saudades e tristeza, mas este curso inexorável do nosso tempo de vida e ainda bem, faz com que recomecemos no dia seguinte. É como o corpo do desportista de profissão: cheio de mazelas de pancadas fortes e dolorosas que fazem até às vezes chorar – tem que seguir jogando e concentrando-se no que tem pela frente.
Pena é que a maior parte das vezes olhemos pouco para a nossa própria vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário