À MEMÓRIA DA MINHA MÃE
Fui ao cinema. Voltei com fome pois não tinha jantado. Fiz-me uma bela ceia. Reparei que já era o dia da Mãe. Antigamente era no dia 8 de Dezembro. Pouco importa.
O que importa sim, é pensar nas saudades que eu tenho da minha Mãe.
O tempo vai esbatendo a ausência e quando sobretudo sobrevêm tempos
mais difíceis, no mundo, em Portugal, nas famílias, se não se tem
cuidado não se cuida do passado bom…um pouco como no colesterol (há o
bom e o mau!).
E o passado bom é o de uma Mãe normal, equilibrada, generosa, inteligente, bonita, bondosa, atenta, dotada de qualidades artísticas para escrever prosa, poesia e peças de teatro, amiga das suas e seus amigos, Mulher e Filha exemplar…tantos encómios que eu faço sem me poupar, pois senti tudo isto na minha vida vindo dela. E testemunhei a prática junto dos outros.
Defeitos também os tinha mas hoje que é o dia da Mãe, não é a ocasião para falar de imperfeições…que nunca abafaram, porém, as suas qualidades.
Apetece-me elevar-me acima do meu dia-a-dia e da sua rotina cinzenta e voltar a sentir a ternura, o brilho nos olhos, a protecção, o amparo e refúgio que encontrei sempre na minha Mãe, para além de uma grande cumplicidade e interesse em tantas coisas afins e igualmente díspares com respeito mútuo pelas diferenças.
De facto o passado não volta e é estúpido e incauto viver só dele, mas tenho pena que o futuro não possa contar com a presença de quem tanto amei.
Não posso deixar de constatar que se foi uma Mãe extraordinária, muito do que fez e conseguiu foi devido também ao amor que o meu Pai por ela tinha e que tanto a fez feliz, projectando essa harmonia nos seus filhos com uma estabilidade exemplar.
Gostava de poder acreditar que um dia voltarei a estar com esta minha Mãe terrena, aquela a quem dei beijinhos, apertei nos meus braços, dei as mãos, chorei junto e socorri nos últimos tempos da sua vida.
Não me interessam especialmente nuvens, nem almas, nem infinito. Deixo sempre uma porta aberta para a novidade. Oxalá ela exista!
Mas o principal testemunho é o de amor e saudades imensas pela sua ausência. Acho que é muito bom e consolador dizer isto de alguém, sobretudo se é a minha Mãe.
E o passado bom é o de uma Mãe normal, equilibrada, generosa, inteligente, bonita, bondosa, atenta, dotada de qualidades artísticas para escrever prosa, poesia e peças de teatro, amiga das suas e seus amigos, Mulher e Filha exemplar…tantos encómios que eu faço sem me poupar, pois senti tudo isto na minha vida vindo dela. E testemunhei a prática junto dos outros.
Defeitos também os tinha mas hoje que é o dia da Mãe, não é a ocasião para falar de imperfeições…que nunca abafaram, porém, as suas qualidades.
Apetece-me elevar-me acima do meu dia-a-dia e da sua rotina cinzenta e voltar a sentir a ternura, o brilho nos olhos, a protecção, o amparo e refúgio que encontrei sempre na minha Mãe, para além de uma grande cumplicidade e interesse em tantas coisas afins e igualmente díspares com respeito mútuo pelas diferenças.
De facto o passado não volta e é estúpido e incauto viver só dele, mas tenho pena que o futuro não possa contar com a presença de quem tanto amei.
Não posso deixar de constatar que se foi uma Mãe extraordinária, muito do que fez e conseguiu foi devido também ao amor que o meu Pai por ela tinha e que tanto a fez feliz, projectando essa harmonia nos seus filhos com uma estabilidade exemplar.
Gostava de poder acreditar que um dia voltarei a estar com esta minha Mãe terrena, aquela a quem dei beijinhos, apertei nos meus braços, dei as mãos, chorei junto e socorri nos últimos tempos da sua vida.
Não me interessam especialmente nuvens, nem almas, nem infinito. Deixo sempre uma porta aberta para a novidade. Oxalá ela exista!
Mas o principal testemunho é o de amor e saudades imensas pela sua ausência. Acho que é muito bom e consolador dizer isto de alguém, sobretudo se é a minha Mãe.
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