segunda-feira, 28 de junho de 2010
Primeiro levaram os negros
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei.
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
Bertolt Brecht
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Carta de um Amigo notável sobre o que se vai passando
Meu velho amigo e bom Manuel,
Talvez te surpreenda o conceito trivial, a imagem cada vez mais banal, inútil e limitada que tenho da minha passagem pela Pátria-acordeão do tempo imaginado, que nos restará.
O Sancho Pança que me habita registou, mediu e pesou todos os micro-mini-moinhos assaltados pelo engenhoso Alonzo Quijana que se esconde por debaixo das minhas, cada vez menos frequentes, indignações.
De verdadeiramente raro só terei talvez essa coisa verdadeiramente incomum que é o ser quase feliz a maior parte do meu tempo.
E a clarividência de me sentir superficial, efémero e pequenino. Teria para dar o quê?
Não tenho o talento necessário para distribuir a serenidade e o amor como gostaria. Na minha escala limitada são coisas intimas que se experimentam e vivem, mas tão difíceis de passar de mão em mão.
Ah, já me esquecia, os próximos, os que me conhecem, os que me frequentam, têm regressado sempre. E fazem estremecer estas paredes que a paisagem aceitou como se há muito aqui estivesse, com grandes gargalhadas.
Desejar ser consensual, e equitativamente respeitado por Rubens, Márcias e Tias, escutado e acatado pelos melhores do que eu… seria voltar-me do avesso, ser outro. E ter uma vontade de protagonismo e uma ilusão de ser capaz de tecer pequenas diferenças que fui deixando silenciosamente pelo caminho.
Sou como o meu país, tenho uma enorme , uma insustentável dívida publica. Recebi muitíssimo mais do que aquilo que fui capaz de dar.
Essa consciência faz de mim um homem mais atento, mas não necessariamente um homem melhor, ou sequer à altura daquilo que deveria ser capaz de redistribuir quem recebeu tanto e que não deseja quase nada.
Um abraço
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Encontro com Pedro Russo a 4 de Setembro
Pedro Russo (Figueira de Castelo Rodrigo) é um astrofísico português, coordenador global do Ano Internacional da Astronomia 2009.
Licenciou-se em Astronomia e tem um Mestrado em Geofísica pela Faculdade de Ciências da Universidade de Porto. Foi no Centro Multimeios de Espinho que descobriu o gosto pela comunição e divulgação de ciência.
Em 2008, coordenava globalmente o Ano Internacional da Astronomia 2009, uma iniciativa da União Astronómica Internacional e da UNESCO e apoiada ao mais alto nível pelas Nações Unidas. Vive em Munique e está integrado no grupo de trabalho da Agência Espacial Europeia/telescópio espacial Hubble na Organização Europeia para a Investigação em Astronomia no Hemisfério Sul (ESO). Nunca tendo deixado a investigação científica, iniciou o doutoramento sobre a atmosfera do planeta Vénus no Instituto Max Planck. A nível internacional colabora activamente com diferentes organizações, como a União Astronómica Internacional, a Comissão 55-Comunicação de Astronomia com o Público, a Rede Europeia de Ciências Planetárias (Europlanet), a União Geofísica Internacional e a Federação Astronáutica Internacional. É o editor da revista científica Communicating Astronomy com o Public Journal.
Caro Manuel,
Obrigado pelo contacto.
Vou a Lisboa em Setembro, podemos combinar o nosso encontro para o dia 4 de Setembro.
Abraço amigo,
Pedro
quarta-feira, 23 de junho de 2010
momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Benvindo ao meu blogue
Não há regras nem estatuto!
Óbviamente as da civilidade e do respeito. De resto os vossos comentários são livres, desde que me agradem, claro!
A vossa participação com comentários é muito desejada e para isso em relação a como fazê-los é simples: clique em baixo de cada um dos meus artigos aonde diz comentários, escreva o que lhe apetecer e depois volta a cliquar para publicar.
Pode fazê-lo como anónimo...se forem coisas excepcionais as que me diz convém identificar-se, mas pode não fazê-lo. Pode usar um nome fictício que cria específicamente para comigo dialogar neste blogue.
Se estiverem interessados em estar a par das minhas actualizações, deverão cliquar aonde diz "subscrever por e-mail".
Obrigado
O "pai" , as flores e os chocolates
Uma figura conhecida da nossa sociedade, rapaz solteiro, tomou-se de amores por uma mulher de outra classe social, educação e de hábitos sexuais prolíferos.
A paixão inebriava-o e o seu entusiasmo era do conhecimento de um grupo de amigos íntimos que o acompanhavam em mais uma das suas aventuras.
A notícia veio brutal: a mulher estava de esperanças (grávida)!
No dia previsto para ter a criança no hospital do Barreiro, os amigos sugeriram-lhe que, ao menos, a fosse visitar.
Não havendo ainda a ponte sobre o Tejo, tomou o barco, comprou um ramo de flores e uma caixa de bonbons.
Teve que esperar umas duas horas, no meio de uma multidão ululante à porta da maternidade à procura de notícias sobre os seus familiares e quando chegou a sua vez entrou na enfermaria, avistando a amiga com um garboso bébé negro na cama, deitado ao seu lado.
Deitou as flores no lixo, comeu os chocolates e voltou de barco para Lisboa!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Tarzan et la machine a laver...
A cause de « l'innocence » de Tarzan qui a vécu seul pendant si longtemps, Jane dut lui donner des cours pour lui expliquer la sexualité :
- Regarde, tarzan, ce que tu as là entre tes jambes, c'est comme ton linge sale et ce que j'ai entre mes jambes c'est comme une machine à laver ....Et donc tu dois mettre ton linge sale dans ma machine à laver et bien essorer avant de le retirer.
Les 5 nuits suivantes, Tarzan lava son linge sans s'arrêter, et lorsque Jane enfin put respirer, elle lui dit :
- Ecoute, Tarzan, tu ne peux pas faire autant de lessives à la suite, ça n'est pas bon pour le linge ni pour la machine; tu devras attendre 2 ou 3 jours pour recommencer à laver ton linge. En entendant cela, Tarzan fut très déçu, et après un mois sans «lessive», Jane lui dit : Tarzan, qu'est-ce qu'il t'arrive ? Pourquoi depuis un mois tu ne mets plus ton linge dans ma machine.
Alors Tarzan lui répondit :
- Tarzan avoir appris à laver à la main !!!!
How pleasant to know Mr. Lear
How pleasant to know Mr. Lear,
Who has written such volumes of stuff.
Some think him ill-tempered and queer,
But a few find him pleasant enough.
His mind is concrete and fastidious,
His nose is remarkably big;
His visage is more or less hideous,
His beard it resembles a wig.
He has ears, and two eyes, and ten fingers,
(Leastways if you reckon two thumbs);
He used to be one of the singers,
But now he is one of the dumbs.
He sits in a beautiful parlour,
With hundreds of books on the wall;
He drinks a great deal of marsala,
But never gets tipsy at all.
He has many friends, laymen and clerical,
Old Foss is the name of his cat;
His body is perfectly spherical,
He weareth a runcible hat.
When he walks in waterproof white,
The children run after him so!
Calling out, "He's gone out in his night-
Gown, that crazy old Englishman, oh!"
He weeps by the side of the ocean,
He weeps on the top of the hill;
He purchases pancakes and lotion,
And chocolate shrimps from the mill.
He reads, but he does not speak, Spanish,
He cannot abide ginger beer;
Ere the days of his pilgrimage vanish,
How pleasant to know Mr. Lear!
a poem by Edward Lear
Subscrever:
Mensagens (Atom)